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terça-feira, 17 de julho de 2012

Números, rendimento, confiança e a torcida.

Chegamos na nona rodada do campeonato brasileiro e dos 27 pontos disputados até aqui o Figueirense ganhou apenas 8, o que dá um aproveitamento que não chega a 30%. Campanha até aqui de time que vai lutar ou que será rebaixado. Me arrisco a dizer que qualquer outro objetivo maior já foi pro saco. Libertadores só se uma excepcional arrancada acontecer como no ano passado. Sul-americana qualquer campanha mediana alcança. De certeza mesmo é que conseguimos uma vitória no último minuto contra o time horrível do Náutico na estréia e nas outras rodadas alguns empates bons fora de casa e pontos jogados pelo ralo no Scarpelli. Mas o futebol apresentado preocupa? Eu diria que não, não vi o Figueirense ter feito até aqui uma partida desastrosa, que tenha sido completamente envolvido pelo adversário e não tivesse nem tido a chance de ganhar. Muitas ou quase todas as partidas que perdemos e empatamos tivemos o jogo na mão, mas não tivemos a frieza de dar o golpe final. Erros individuais de um modo geral vem prejudicando a campanha alvinegra nesse campeonato. Desde escalações equivocadas e mexidas mal aplicadas pelo técnico Argel, a falhas defensivas e ofensivas dos jogadores. Erros pontuais que estão comprometendo. Junta-se a isso uma falta de confiança que já não vem de hoje e a maionese em determinados momentos desanda. Isso está explícito no futebol apresentado por alguns dos principais jogadores. E acho que tal falta de atitude é reflexo do comando do time. O técnico Argel está aos poucos perdendo suas convicções e isso é fatal para o trabalho de qualquer comandante, pois acaba causando reflexo na equipe. O DM alvinegro não está colaborando muito é verdade, mas Argel também não precisa tropeçar nas próprias pernas. O garoto Marquinhos que quebrou bem um galho na lateral esquerda contra o Bahia em casa e fez uma partida onde não comprometeu, foi mal escalado posteriormente contra o Vasco no meio campo. Resultado: fez um primeiro tempo horroroso e teve que ser substituído no intervalo, não sendo mais aproveitado no jogo seguinte quando deveria ter entrado novamente na lateral ao invés de Hélder. Ronny entra, faz gol, entra de novo e faz gol de novo, mas de novo começa a partida no banco. Enquanto isso Almir que ficou alguns jogos fora por contusão entra e sai jogando. Fernandes começa o jogo já sabendo que vai ser substituído e Aloísio coitado, está cavando sua própria cova com tantos gols perdidos. Até Wilson vem sofrendo esse processo regressivo e falhando seguidamente a ponto de sua titularidade começar a ser questionada pela torcida. Na última partida contra o líder Atlético-MG todo mundo caiu de pau em cima de Argel devido a entrada de Aloísio no lugar de Loco Abreu. Nesse ponto vou defender um pouco o técnico já que na hora da troca ninguém questionou a entrada de outro atacante no time. Falar depois do placar adverso é mais fácil, mas concordo com Argel quando ele diz que se tivesse colocado um jogador mais defensivo e tivesse sofrido os três gols todo mundo ia dizer que ele era burro, que trouxe o time para trás ao invés de continuar pressionando o adversário. Até porque nem jogador para segurar a partida ele tinha no banco. Aí que vem o erro do treinador, não na substituição e sim na composição de banco. Mesmo que quisesse Argel não tinha jogador para segurar a partida já que não levou nenhum meia para o banco, apenas três jogadores de frente (Ronny, Aloísio e Fernandes), o zagueiro Sandro, o lateral Marquinhos e o goleiro Ricardo. Porque não levou Pittoni ou Jackson para o jogo na necessidade de fechar o time? Falta de convicção! Argel vem perdendo seus argumentos na mesma velocidade que vem perdendo pontos no campeonato e está cada vez mais perto da porta de saída do Scarpelli. Contra o Atlético-GO na quinta-feira o treinador terá sua última cartada para reverter essa situação. Ao que parece não há boicote por parte dos jogadores para com o treinador, pelo contrário, dizem que o trabalho dele no dia-a-dia é muito bom e que os jogadores estão aplicados nas orientações passadas, mas alguma coisa está saindo errado, e nesse caso, depois de 8 jogos sem vitória, a corda vai estourar e sabemos qual é o lado mais fraco nesses momentos.
Antes que a coisa fique feia de vez, a torcida deveria voltar a abraçar o time. Ainda dá pra sentir no Scarpelli um ranço do que ocorreu nas finais do campeonato estadual. E não falo em números, já que acho a presença de público nos jogos em casa acima da média para o time e para a campanha que estamos fazendo, apesar dos dirigentes estarem decepcionados. Mas falo em comportamento mesmo, em apoiar, empurrar e manifestar seu apoio aos jogadores. Pelo menos no setor C, na qual faço parte, o clima anda muito tenso ultimamente ao ponto de ocorrer alguns princípios de briga e muitos bate-boca entre os próprios torcedores alvinegros. A irritação vem ocorrendo sempre antes do apoio, e manifestações como ocorreram com o jogador Pablo não contribuíram em nada para o Figueirense. Nada mudou, Coutinho quebrou o galho algumas partidas mas Pablo não foi negociado e gostando ou não voltará ao time nas próximas partidas. Precisamos esquecer o que ocorreu no estadual e focar nesse brasileiro. Em alguns momentos é difícil, não é fácil manter a paciência nos momentos difíceis, mas também não tem nada perdido ainda, não é o momento de fazer terra arrazada, e quem não quer ajudar que fique em casa. Não é porque paga a mensalidade que tem o direito de descarregar suas frustações no Scarpelli. O momento é de UNIÃO!

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