Depois de rondar e estar no G4 durante quase todo o campeonato, o Figueirense chega na última rodada do primeiro turno na décima posição despencando na tabela nas últimas rodadas. O projeto 2013 vai indo por água abaixo e parece que o naufrágio pode ser ainda pior porque muita coisa vai acontecendo extra-campo. O time desse ano passou longe de encantar no futebol, porém não se pode negar, dentro das limitações era um time regular. Perdia aqui, ganhava ali e mesmo sem mostrar muita qualidade estava sempre no grupo de cima. Então o que estaria acontecendo nos bastidores que pudesse explicar essa queda na tabela? O grupo de jogadores montado para esse ano tem quase nenhuma identificação com o clube e aí está um grande problema. Sem referência e compromisso algum com o clube as vaidades individuais começam a interferir no relacionamento interno. Adílson Batista não soube administrar isso e diante da sua "cegueira" acabou pagando o pato. Cada jogo um time era escalado e sem perceber o treinador foi sendo fritado pelos jogadores que não entendiam ser titular num jogo e reserva em outro. Muitas vezes nem no banco apareciam após jogarem a partida anterior. Após a derrota para o ABC que posteriormente culminou com a saída do treinador, Maylson ainda em campo deu entrevista dizendo que os jogadores deveriam assumir a responsabilidade e que o treinador não poderia levar a culpa pelos resultados. Agora fica mais claro agora o significado da entrevista, há um grupo de jogadores dentro do Scapelli que não está nem aí para o projeto do clube. Estaria o grupo rachado? Ainda fica difícil responder, mas há uma turma que não vê a hora de acabar o ano e ir para outro clube e há uma outra turma que vê no Figueirense uma oportunidade de aparecer para o mercado e esses "vestem a camisa" mais que os outros. O atacante Ricardinho é um dos insatisfeitos. Com a dupla Bueno/Rafa Costa marcando gols em quase todos os jogos, o atacante perdeu espaço na equipe e apareceu em algumas partidas jogando o segundo tempo ou parte dele. Na estréia do técnico Vinícius Eutrópio contra o Oeste, Ricardinho claramente forçou o terceiro cartão no segundo tempo para não viajar para Alagoas e enfrentar o Asa na terça-feira. Deixou o grupo e treinador na mão. Ricardinho sabe que ao final do ano deverá voltar ao Atlético-PR independente do sucesso ou fracasso no Figueirense e inclusive já há uma sondagem para ano que vem ir para o futebol do Japão. A zica é tanta que Ricardo Bueno estourou o joelho e não joga mais esse ano, mas para azar do atacante o Figueira contratou Zé Roberto que deve ser o companheiro de Rafa Costa no ataque. Outro jogador insatisfeito com o banco de reservas é Thiago Volpi. O goleiro esteve perto de deixar o Figueira já que não tinha muitas oportunidades porém com a saída de Wilson passou a aparecer mais no banco de reservas e como Ricardo não vingou, a vaga de titular no gol alvinegro caiu no seu colo mesmo com a chegada de Neneca. Diante da necessidade, Volpi foi se firmando como titular e caindo nas graças da torcida porém uma contusão lombar o tirou do time antes do clássico contra o Avaí. O jogador se recuperou porém fica no banco vendo Neneca fazer uma partida pior que a outra com a camisa 1 do Figueirense.
Desde que o clube passou a figurar novamente no cenário nacional esse é pior time de todos. Mesmo em anos que tínhamos um grupo de jogadores limitados, dentro de campo havia um compromisso com o clube e torcida e dentro do vestiário sempre estivemos representados com algumas lideranças. Esses jogadores cobravam comprometimento de outros, os mais desleixados aos poucos iam sendo excluídos e assim o grupo quase sempre foi forte. Com a queda do ano passado e a limpa feita pelos atuais "gestores" alvinegros, passamos a ter um time frio e sem liderança e com a saída de Adílson Batista, talvez o único que tinha alguma identificação e compromisso com o clube, as coisas tendem a ficar ainda piores. Ainda há tempo de reverter a situação, porém o futuro não é nada promissor e pelo andar da carruagem, iremos cumprir tabela até o final do campeonato para não correr risco de rebaixamento e ainda ver nossos rivais regionais brigando pelo acesso e com muitas chances de consegui-lo.
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