O Figueirense recebeu seu maior rival no Orlando Scarpelli para o primeiro clássico da era dos pontos corridos. O time vinha confiante depois da vitória na casa do líder Corinthians na última rodada enquanto que o rival tentava juntar os cacos durante a semana. Uma vitória deixaria fecharia muito bem o turno do Figueira, deixando o time próximo da zona de classificação para a libertadores e ainda afundaria ainda mais o adversário. Pois mesmo com todos os prognósticos a favor, pela segunda vez no ano o Figueirense sucumbiu para o maior rival dentro de casa, ressucitando novamente da cova o difunto Avaí. É impressionante como o time consegue transformar um jogo fácil em difícil. Assim como no catarinense, nessa partida todos sabiam qual seria a única arma avaiana do jogo e mesmo assim o time comandado por Jorginho deu mole deixou com que o atacante Willian desse a vitória para o Avaí.
O jogo começou com o alvinegro dominando a partida nos primeiros 20 minutos. Jorginho surpreendeu na escalação e optou por Elias no meio e Wellington Nem na frente ao lado de Júlio César, deixando Fernandes no banco. Assim, do meio para frente o time era todo formado por canhotos. Naturalmente as principais jogadas saíam mais pelo lado esquerdo ataque. Novamente maicon era o encarregado por organizar e fazer o meio-campo rodar, com liberdade para acionar os laterais e atacantes do Figueira. Nos minutos iniciais o goleiro Felipe já tinha visto seu gol ser ameaçado por Elias, Júlio César e até o zagueiro Édson que perdeu oportunidade na pequena área. Aos 15 minutos no primeiro ataque adversário veio um susto com Acleisson que de fora da área carimbou o travessão do gol defendido por Wilson. Apenas 3 minutos depois Maicon bateu escanteio e Igor cabeceou na trave; na volta a bola bateu no goleiro Felipe e morreu dentro do gol. Na frente do placar o jogo estava para o alvinegro. Aos 25 minutos, Bruno fez jogada pela direita e cruzou para Júlio César que dentro da área dominou e tocou no meio das pernas de Pedro Ken, que derrubou o atacante alvinegro. Pênalti marcado. Na cobrança, o próprio Júlio César foi para a bola e acabou chutando para fora, desperdiçando uma grande oportunidade de ampliar o placar e quem sabe, definir a partida logo nos primeiros minutos. O Figueira sentiu a perda do pênalti. O time que estava num ritmo forte deu uma esfriada na partida e aos poucos o Avaí foi ganhando confiança. Arlan aproveitou bem os apoios de Juninho e soube jogar nas costas do lateral. Em um cruzamento perigoso, o lateral avaiano achou Lincon na área que cabeceou no canto obrigando Wilson a se esticar todo e fazer difícil defesa. Apenas 5 minutos depois, um replay da jogada avaiana. Novamente o lateral Arlan apoiou nas costas de Juninho e cruzou para Lincon que dessa vez não desperdiçou e cabeceou no contra-pé de Wilson, empatando a partida. Impressionante como o time não teve percepção de jogo. O gol de empate foi praticamente idêntico à jogada anterior e mesmo assim houve a falha no sistema defensivo alvinegro. A igualdade no placar parece ter acordado o Figueirense. O time se concentrou e voltou a impôr seu ritmo de jogo. Aos 44 minutos Elias tocou na lateral da área para Juninho que cruzou na pequena área para Júlio César; o atacante chutou em cima de Felipe, no rebote chutou no travessão e por sorte a bola voltou novamente a seus pés e ele acabou completando para o gol e o primeiro tempo terminou com o Figueira na frente do placar.
O segundo tempo começou da forma que terminou o primeiro, com o alvinegro mandando no jogo. Logo aos 4 minutos Júlio César desperdiçou a chance de se tornar "o cara" do jogo. Maicon deu excelente passe para o atacante que na saída do goleiro Felipe tocou por cima do gol perdendo novamente uma grande oportunidade de ampliar o placar. Pouco depois Maicon fez bela jogada na frente da área e acabou chutando para fora. O Figueira dominava a partida, mas em mais uma escapada pela direita, o lateral Arlan passou por Juninho e na linha de fundo tocou para Willian que veio por trás da zaga e empatou a partida. Jorginho mexeu no time e colocou Fernandes no lugar de Elias e Pittoni no lugar de Túlio. O Avaí recuou ainda mais, porém o jogo estava em aberto e qualquer um podia definir a partida. Logo depois, Somália entrou no lugar de Wellington Nem e o Figueirense foi para o tudo o nada. Aos 28 minutos Júlio César recebe na área, bate cruzado mas Somália acaba chegando atrasado. Em seguida Fernandes faz bela jogada na direita e chuta na entrada da área de perna esquerda obrigando Felipe a fazer grande defesa. Aos 40 minutos uma jogada mostrou o que foi a partida. Em bola na área, houve um bate-rebate incrível e em uma única jogada o goleiro avaiano salvou a queima-roupa, o zagueiro tirou em cima da linha, a bola sobrou e o Figueira perdeu em baixo do gol e na continuação o zagueiro Édson Silva cabeceou na trave. Como diz o ditado, quem não faz leva. Apenas 1 minuto depois, o Avaí bateu falta na meia direita e Willian sozinho na área nem precisou pular para de cabeça marcar o gol da vitória avaiana. O Figueira ainda tentou o empate mas sem organização não conseguiu chegar ao gol adversário. Novamente o time cai dentro de casa para o maior rival e agora tem pouco tempo para digerir a derrota já que quarta-feira vai até o Ipatingão enfrentar o Cruzeiro.
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