O Figueirense enfrentou na noite de sábado o "todo poderoso" (??) São Paulo no Morumbi em uma noite gelada e com bom público da torcida alvinegra presente. Depois da boa estréia no campeonato com a vitória sobre o Cruzeiro no Scarpelli, era a hora do time fazer a primeira apresentação fora de casa nesse campeonato. Cautela, concentração, atenção, postura tática.....todas essas palavras eram proclamadas diariamente durante a semana. O jogo era difícil e todos sabiam que o Figueira não poderia dar chance ao erro porque poderia ser fatal. Mas também não precisava ter tanto medo de errar. Assim como na partida do Scarpelli, o alvinegro entrou em campo com uma postura mais defensiva, respeitando o São Paulo, tocando bem a bola mas só atacando quando se sentia seguro. O tricolor paulista praticamente só chegava ao gol de Wilson com alguns chutes de fora da área já que o meio campo e defesa alvinegra estavam bem postados não dando espaços para as jogadas de velocidade de Dagoberto, Lucas e Fernandinho. A proposta alvinegra era clara: não tomar gol, se expor o mínimo possível e só atacar quando o adversário desse oportunidade. Mas espera aí, se o São Paulo não der oportunidade o Figueirense vai se conformar em não atacar? Vai esperar o erro adversário e não vai tentar criar nada de diferente? Foi exatamente isso que aconteceu nos primeiros 45 minutos. O alvinegro não tentou criar nenhuma jogada, controlou a partida no meio campo e o único chute a gol dado contra Rogério Ceni foi em uma boa cobrança de falta batida por Wellington Nem. O estreante Aloísio praticamente não apareceu no primeiro tempo e o Figueira foi para o vestiário com o objetivo de não perder comprido.
Veio o segundo tempo e o São Paulo iria partir com tudo pra cima do alvinegro para buscar a vitória. A postura defensiva do Figueirense se manteve e aos poucos o time passou a ser pressionado de forma mais contudente. O técnico da equipe paulista que já tinha feito duas substituições no intervalo dessa vez sacou Carlinhos Paraíba e colocou ojovem meia Marlos. Algumas situações foram criadas e aos 23 minutos após cobrança de escanteio Casemiro cabeceou a bola na trave e a zaga alvinegra conseguiu afastar para escanteio. Poucos minutos depois Dagoberto invadiu a área e chutou cruzado acertando novamente a trave do goleiro Wilson. Aos 34 minutos Lucas fez um carnaval na defesa alvinegra e chutou forte mas Wilson bem colocado fez a defesa. Nessa hora o técnico Jorginho já tinha feito algumas alterações na equipe, colocando Coutinho no lugar de Wellington Nem, Rhayner no lugar de Aloísio e Pittoni no lugar de Túlio. Maicon passou a comandar o meio campo tentando armar algumas jogadas para o alvinegro. O atacante Rhayner também entrou disposto a mudar um pouco a história do jogo, dando mais trabalho para a zaga tricolor. Na melhor oportunidade do jogo para o Figueirense, Bruno fez jogada pela lateral direita e na entrada da área tocou para Rhayner que vinha de frente para o gol mas na hora da conclusão foi travado pela defesa do São Paulo e não conseguiu concluir ao gol. Já no apagar das luzes, no último minuto, depois do Figueirense ter se defendido quase que perfeitamente o jogo todo, depois de uma bola erguida no desespero pela zaga tricolor para a área alvinegra, Rivaldo conseguiu ganhar na cabeça e Lucas ajeitou para da entrada da área dar um chutaço e marcar o gol da vitória do São Paulo. Apesar do chute ter sido forte e a bola ter feito uma curva, na minha opinião Wilson poderia ter defendido pelo menos parcialmente a bola, já que o chute foi no meio do gol, mas também não dá pra colocar a culpa da derrona no nosso goleirão, mas algumas defesas mais difíceis já foram feitas por ele. Ao Figueirense faltou perder o medo de ser feliz. O time não se arriscou em nenhum momento e faltou jogar com mais ousadia quando tinha oportunidade de contra-ataque. Não dá pra jogar o Brasileiro todo assim, achando que o time é pequeno e que jogar fora de casa e não perder é um bom resultado. Porque senão vai acontecer isso, o time jogar bem, se defender bem, mas não agredir o adversário em nenhum momento, aí o castigo aparece. Não podemos ter medo de ser feliz!
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