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terça-feira, 26 de abril de 2011

Fora de Tempo

Dizem que timing é tudo. Se é mesmo verdade, essa é a hora de chorar as pitangas como muitos estão fazendo. E estão certos, é o que resta, lamentar por mais uma perda. Agora acho idiotice é ficar remoendo coisas que não voltarão mais e não querer enchergar o que de bom aconteceu, mesmo que não tenha sido de total agrado. Vejo, leio e escuto muita coisa em relação ao passado, presente e futuro do Figueirense. Tudo tem seu ponto de vista e o todo tem que ser analisado, não podemos pegar uma única visão das coisas e transformar isso na mais pura verdade. Que o técnico Jorginho não é unanimidade nas arquibancandas do Scarpelli todo mundo sabe. Agora não dá pra colocar todo o peso da desclassificação nas suas costas, assim como foi feito pela diretoria alvinegra com Goiano. Se com o capitão o Figueirense apresentava um futebol vistoso, rápido e envolvente, em quase todos os momentos decisivos que teve fraquejou. Nos jogos mais importantes faltava poder de definição e mesmo jogando bem o time muitas vezes sucumbia ao adversário. Foi assim em jogos decisivos pela série B contra Sport e Duque de Caxias, quando o time precisava da vitória para garantir o acesso e não saiu do 0 a 0 nos dois jogos. No primeiro turno do estadual não conseguiu vencer um único jogo fora de casa e contra Avaí e Criciúma no Scarpelli novamente o time não mostrou sua força. Com isso veio a queda do Goiano, que também considero injusta, mas acho que faltou ao nosso antigo treinador amadurecimento para absorver a culpa da derrota para o Criciúma ao invés de transferir para os outros essa responsabilidade. Nesse cenário totalmente contrário apareceu o nome de Jorginho, o que parecia ser o início do fim. Mesmo tropeçando no início do returno o técnico não se abalou e na fase decisiva do returno venceu três finais seguidas, contra Chapecoense, Criciúma e Avaí, conseguiu vitórias fora de casa e terminou o returno com 20 pontos (4 a mais que Goiano conquistou no primeiro turno) e mesmo assim não conseguindo terminar em primeiro. Devemos considerar que no momento mais difícil o time entrava sempre remendado em campo devido a lesões e cartões dos jogadores titulares. Pois veio o clássico e como todos sabem é um jogo que tudo pode acontecer. E assim, em dois erros individuais de posicionamento da nossa defesa tomamos dois gols de bola parada e foi tudo por água abaixo. Sem contar que o time mostrou os mesmos problemas da "era" Goiano como a falta de poder de finalização a gol. Então, não dá pra colocar o peso de uma eliminação em uma só pessoa, por mais dolorida que seja ser eliminado pelo maior rival em casa. Não é hora de esboçarmos um quadro negativo e passar a fazer prognósticos para o brasileiro, pois a parada é dura para todos, não só para nós. Qualquer opinião em relação a isso será dada fora de tempo.

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