Ontem o Figueirense recebeu o Marcílio Dias no Scarpelli para o complemento da quarta rodada do returno. Era o primero jogo em casa de Jorgino no comando do alvinegro e era grande a expectativa de ver como o time iria reagir depois do empate amargo em Brusque e de como seria a recepção de Jorginho pelo torcedor. Antes de falar sobre o jogo, uma coisa é certa, a situação não está boa, aos poucos o que Goiano construiu vai se desmanchando e o que mais preocupa, as coisas estão mudando para pior em todos os sentidos. Do jeito que está ou vai, ou racha! A torcida ainda não engoliu a saída de Goiano e a rejeição por Jorginho é grande. Pra completar, peças importantes do time formado por Goiano estão fora do time, seja por lesão, ou por cartão. Com isso, Jorginho teve que entrar com um time diferente taticamente do que vinha jogando. Sem Túlio e Coutinho, o treinador optou por Fernando Gabriel no meio campo, recuando um pouco Maicon para ajudar na marcação. Teoricamente o time ficaria ainda mais ofensivo do que já era. Mas na prática, nada funcionou. Maicon fora da posição não conseguiu render, Fernando Gabriel não sabia nem pra que time jogava, com um meio campo confuso nossos laterais pouco apareciam. Pra ajudar, Maicon as 20 minutos saiu de campo com uma lesão na coxa, dificultando ainda mais as coisas para o Figueirense. Pois entrou Pittoni no lugar do meia e as coisas foram ficando piores com o tempo. Não só pela questão individual, mas com tantas mudanças, o time que era todo ajeitadinho ficou um retalho só. Breitner tentava chamar a responsabilidade do jogo, Reinaldo se movimentava mas pouco conseguia fazer, Pittoni entrou esforçado, errando e acertando, errando e acertando, e assim foi o Figueirense do primeiro tempo, um time confuso, bagunçado e perdido em campo. Para o segundo tempo, Jorginho sacou o apático Fernando Gabriel e colocou Dudu em campo, deixando o time ainda mais ofensivo. Se o meio campo já estava fraco, com Dudu na armação ficou horrível. O jogo estava irritante mas não se pode reclamar de falta de vontade por parte dos jogadores alvinegros. E foi na marra que o Figueira abriu o placar. Breitner cobrou falta pela esquerda a zaga cortou mau e João Paulo aproveitou o rebote e empurrou a bola para as redes do Marcílio Dias. As coisas deveriam ficar melhor mas logo em seguida ao gol, Breitner tomou dois cartões amarelos em menos de 5 minutos e acabou sendo expulso, complicando ainda mais a situação do Figueirense. O Marcílio Dias cresceu um pouco na partida e o alvinegro se defendia como dava e tentava sair em velocidade com os laterais. A paciência do torcedor nas arquibancadas já tinha se esgotado e a ira era toda direcionada para o técnico Jorginho. Particularmente acho que houve exagero. O clima de negativismo voltou ao exagero. Jorginho não tinha Túlio, Coutinho e Fernandes e ainda durante o jogo perdeu Breitner e Maicon, ou seja, não dava pra fazer grande coisa. Buscando desafogar o time do campo de defesa, sacou Reinaldo que já estava cansado e colocou Wellington. Aí o Scarpelli quase veio abaixo. Mesmo diante de toda reclamação surgiu de Wellington a jogada que resultou no segundo gol alvinegro. O atacante ganhou jogada no meio campo de dois zagueiros e tocou para Bruno na direita que entrou na área e tocou para Dudu livre, apenas escolher o canto e tocar para o gol. O gol aliviou a massa nas arquibancadas mas não foi o suficiente para acalmar os ânimos da torcida que continuou protestando contra o técnico Jorginho. Agora o Figueirense vai até Concórdia enfrentar o time local em busca da primeira vitória fora de casa.
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